É, talvez a palavra "solidão" me descreva também.
Quero achar meu lugar no mundo para que assim me notem. Quero que me vejam, mas fugi. Espero que não demorem para sentir minha ausência, pois o medo já está tomando conta de mim.
As lágrimas insistem em cair enquanto tento decifrar os sentimentos que a trazem.
Molhei toda a minha bunda sentando num banco molhado, mas a paisagem ao ar livre compensa. As nuvens abstrai figuras que meu cérebro forma inconscientemente. As montanhas cobrem o pôr-do-sol. E as diversificadas árvores enchem as ruas. Agora sei porque minha cor preferida é verde. O verde me traz uma sensação de conforto.Não consigo ver as pessoas reunidas sorrindo sabendo que elas não me enxergam. É como se eu não conseguisse respirar. Aquela dor vazia me invade o peito, e tudo o que eu sinto além dela são as lágrimas e a vontade de correr até que minha adrenalina atinja o limite.
As pessoas passam por mim com uma expressão que não precisa ser dita: "Quem é ela?" ou "O que essa menina faz aí com esse caderninho no meio do nada?"
Só queria saber se um dia as pessoas sentirão esperança ao me ver. Do tipo: "Ah, ela está ai!" ou "Olha ela aí com o caderninho, ainda bem!".
Não sei o motivo desse desabafo aleatório e confuso, mas será que alguém se sente perdido assim como eu? Ou o problema mesmo é meu drama e a necessidade de encontrar "porquês" em tudo? Bem, a esperança de ser normal ainda persiste...


